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Em geral, existem dois tipos de pessoas nas empresas a interagirem com os custos na nuvemnuvem:
O problema começa, na maioria dos casos, porque existem muitos geradores e poucos (ou somente um) analisadores de custos. Além disso, quando é preciso analisar o que está acontecendo com a conta, nem sempre é fácil para os analisadores entenderem o que está sendo gasto e onde é possível economizar.
1. Geradores de custos precisam conhecer a nuvem e seu modo de tarifação
Saber que os servidores virtuais (ou instâncias) são cobrados por hora, ou que a transferência de dados é paga por gigabyte não indica que o profissional entende o modo de tarifação de custos na nuvem.
É preciso entender com mais profundidade os recursos disponíveis e como eles são cobrados. Somente assim, será possível escolher a solução de melhor custo-benefício.
Um exemplo claro disso é a utilização de storages de blocos na AWS. Existem atualmente 3 opções disponíveis de EBS (Elastic Block Store): Magnetic, General Purpose SSD e Provisioned IOPS. Entender como funciona cada tipo e como cada um é tarifado pode entregar não só o melhor custo, mas a melhor performance para o seu ambiente.
2. Geradores de custos precisam “ver” os custos que geram
Uma pergunta comum que todo analisador de custos fará: “Como podemos reduzir os custos neste projeto?”.
A resposta desta pergunta, em geral, só poderá ser dada pelos geradores de custos do referido projeto. Por isso, a empresa deverá criar mecanismos para que os geradores de custos consigam acompanhar os custos que geram.
Isto pode ser feito por ferramentas dentro do próprio cloud provider (na AWS, por exemplo), ou através de ferramentas de terceiros.
A idéia é que seja possível ao gestor do projeto acompanhar semanalmente os custos do projeto, e interagir rapidamente caso perceba que algo superou o orçamento (budget) previsto.
Em geral, para possibilitar esta visibilidade, é preciso alocar corretamente os recursos por projetos, para que cada gerador de custos acompanhe separadamente os seus próprios custos (veja o artigo sobre Alocação de Custos).
É interessante também citar que é recomendada a utilização de alertas de custos para os responsáveis pelos projetos. Assim, eles podem receber e-mails ou mensagens reportando os custos gerados semanalmente, por exemplo.
3. Ferramentas e relatórios não fazem “milagre”
A função das ferramentas que geram relatórios ou alarmes é proporcionar melhor visibilidade. Elas não irão, porém, realizar o trabalho de otimização que os geradores de custos precisam fazer.
Tudo isso precisa ser cultural, para que de fato existam processos e procedimentos adequados à otimização e à utilização responsável dos recursos de nuvem. É preciso que as equipes não pensem no “melhor modo tecnicamente de rodar o projeto na nuvem”, mas sim “no melhor e mais econômico modo de rodar o projeto na nuvem“.
Isto é importante para desmistificar a frase de que “usando a ferramenta XPTO os custos de nuvem serão reduzidos em X%”. É verdade que a ferramenta XPTO poderá ajudar a entender as possibilidades de redução dos custos, mas as ações propriamente ditas precisarão ser executadas por um ser humano, de carne e osso.
Além disso, existem questões que uma ferramenta é incapaz de perceber uma possível otimização. Imagine, por exemplo, que determinada operação de leitura no banco de dados seja executada repetidas vezes e, com isso, a utilização de recursos dos servidores de banco de dados esteja altíssima. A ferramenta de análise de custos nunca irá, por exemplo, sugerir a adoção de um mecanismo de cache em memória (como memcached ou redis) para reduzir a quantidade de consultas repetidas ao banco e, assim, reduzir o consumo e os custos do banco de dados.
Vale a pena analisar:
Falando de ferramentas, uma das melhores do mercado é a Cloudability (www.cloudability.com). Ela favorece a visualização do consumo de recursos na nuvem, e como otimizar os custos para o seu ambiente.
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